ARTIGOS
"O jogo, a construção e o erro: considerações sobre o desenvolvimento da linguagem na criança pré-escolar (partes do artigo integral)"
Publicação: Série Idéias n. 10. São Paulo: FDE, 1992.
Páginas: 54 a 64
Texto: Ester Miriam Scarpa
"A linguagem não está solta no mundo, não é uma coisa em si. Em outras palavras, não é um instrumento neutro de comunicação de que se lança mão para se veicular significados e informações. Na verdade, a linguagem é eivada de interações sociais e de história e não é nada neutra. Por outro lado, do ponto de vista de sua aquisição, a linguagem é atividade constitutiva do conhecimento do mundo pela criança. É o espaço em que esta se constitui como sujeito e em que o conhecimento do outro e do mundo é segmentado e incorporado. Linguagem e conhecimento do mundo estão intimamente relacionados e ambos passam pela mediação do outro, do interlocutor. Os objetos do mundo físico, os papéis no diálogo e as próprias categorias lingüísticas não existem a priori, mas se instauram através da interação entre a criança e seu interlocutor básico."
"...o desenvolvimento lingüístico não é um processo linear, nem cumulativo. Ele é cheio de idas e vindas, de coordenações, de novas adaptações, de checagem de várias eficácias. Na linguagem, a criança está se formando como sujeito, enquanto procede à objetivação da própria linguagem, em situações dialógicas (relativo ao diálogo eu-outro) e partilhadas."
"...o ´erro´ é constitutivo do processo de acerto, isto é, da construção do aprendizado. Por isto a palavra erro, neste artigo, é propositadamente colocada entre aspas. É uma palavra inadequada, usada quase que metaforicamente, pela falta de um termo melhor. Na construção da linguagem, não há erros propriamente, mas expressões externas de hipóteses sucessivas elaboradas pela criança na construção de sistemas e subsistemas comunicativos e lingüísticos."
"DESABAFO. A IDADE…E O MEIO AMBIENTE."
BLOG Rosana Jatobá, G1 , 24 de setembro de 2011
Texto do Rui Bittencourt,
“ Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigos do meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”
O empregado respondeu: “Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.”
“Você está certo”, respondeu a velha senhora.
Naquela época, as garrafas de leite, de refrigerante e de cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reúso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupávamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisávamos atravessar dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama. Era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisávamos ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonávamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou o ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada. Não seria bom viver um pouco como na minha época?
Artigo: Educação digital
Sentar-se mudo diante de um professor não funciona mais.
Site INFO (info.abril.com.br) 12 de julho de 2010
Texto:Don Tapscott
Se alguém, congelado há 300 anos, acordasse hoje e observasse as profissões — um médico numa sala de cirurgia, um piloto na cabine de um jato, um engenheiro projetando um automóvel com sistema de CAD —, certamente ficaria maravilhado ao ver como as tecnologias transformaram o trabalho. Mas se a mesma pessoa entrasse numa sala de aula na universidade, não teria dúvida de que algumas coisas não mudaram.
O ensino no velho estilo, com o professor de pé em frente a um grupo de estudantes, ainda permanece ativo em muitas universidades. Trata-se de um modelo de mão única, focado no professor. E o aluno fica isolado no processo de aprendizagem. No entanto, os estudantes que cresceram num mundo digital interativo aprendem de forma diferente. Eles querem uma conversa animada, não uma palestra. Querem uma educação interativa, não um ensino baseado em difusão. Esses estudantes apresentam novas demandas às universidades e estas não podem ignorá-las.
No modelo industrial de produção de estudantes em massa, o mestre é o transmissor. Um sistema de difusão corresponde àquele que transmite informação do emissor para o receptor, em sentido único e linear. Certo, esse sistema é aperfeiçoado em algumas disciplinas, mediante ensaios, laboratórios e seminários. E muitos professores trabalham para ir além, mas em geral o modelo permanece dominante.
O modelo de difusão pode ter sido adequado para os que nasceram nos anos 40 e 50, cresceram em modo de difusão, vendo TV, e recebendo difusão de pais para filhos, de professor para alunos, de políticos para cidadãos, e ainda de patrões para empregados. No entanto, os jovens da era digital estão abandonando a televisão de mão única para abraçar a comunicação interativa e mais estimulante que encontram na internet. A TV está se tornando uma mídia de fundo, parenta da música para elevadores. Sentar-se mudo diante da TV — ou de um professor — não funciona para a geração atual. Os jovens aprendem de um modo diferente, não sequencial, interativo, assíncrono, multitarefa e colaborativo.
As mentes da nova geração trabalham de uma forma que as tornará aptas a enfrentar os desafios da idade digital. Eles estão acostumados à multitarefa e aprenderam a manejar o excesso de informação. Portanto, esperam uma conversa de mão dupla. E mais: ter crescido no mundo digital os encoraja a ser questionadores ativos.
Para se manter relevantes, os professores terão de abandonar as aulas tradicionais e começar a ouvir os estudantes, conversar com eles — saindo do modo de difusão para o modo interativo. Depois, devem encorajar os alunos a descobrir por si mesmos e aprender um processo de descoberta e pensamento crítico, em lugar de apenas memorizar o estoque de informações do professor. Mais: eles precisam encorajar os jovens a colaborar entre si e com outros fora da universidade. Por fim, eles devem adaptar o estilo de educação ao estilo de aprendizado individual de seus alunos.
"Ter peninha da podre criança não tem vontade  de estudar é trocar o conforto emocional de hoje pelo futuro do filho"                      Claudio de Moura Castro
O SPUTNIK CHINES E A EDUCAÇÃO -
A rigidez da educação chinesa pode nos fornecer boas ideias
Revista VEJA 16 de fevereiro de 2011
Texto: Claudio de Moura Castro
Na década de 50, os Estados Unidos estavam mergulhados na Guerra Fria. Diante da ameaça russa, os homens construíam abrigos nucleares e as velhinhas procuravam comunistas embaixo da cama. De repente, desaba o seu mundo. Sobe um foguetaço russo levando o Sputnik. O primeiro satélite artificial desintegra a supremacia científica americana. Mas daquele país sempre vieram respostas decididas, como prêmios Nobel reescrevendo os livros de ciência (aliás, por aqui, ainda há quem não acredite em livros de qualidade). Logo foram à Lua.
Passam-se os tempos, a Rússia afunda. Mas surge uma nova assombração: a China. Faz um século, no país desmoralizado pelo ópio e pelo imperialismo, exércitos das grandes potências zanzavam em seu território, sem que houvessem sido convidados. Canhoneiras americanas patrulhavam o Rio Yangtzé. Vêm o comunismo, a Revolução Cultural e fomes medonhas. Nas últimas décadas, porém, o país se recompõe e, poupando 40% do PIB, cresce a taxas espantosas. Nos Estados Unidos, políticas financeiras levianas tornam o país dependente dos dinheiros chineses e a indústria americana está se mudando para lá.
Mas é ainda pior. O teste do Pisa tornou-se a olimpíada da educação mundial. Enquanto estava a Finlândia em primeiro lugar, vá lá, quem teme um minipaís que faz celulares? Mas decola um novo Sputnik: o campeão absoluto no último Pisa é a cidade de Xangai! Enquanto isso, os americanos amargam posições entre a 15ª e a 31ª (para registro: este ensaio estava pronto quando Obama falou de Sputnik).
Na cacofonia das perplexidades, vira best-seller um livro de Amy Chua (Battle Hymn of a Tiger Mother). Nele, tim-tim por tim-tim, essa professora sino-americana de direito (em Yale) conta como educou suas filhas, ao estilo chinês. Entre outras coisas, eram proibidas de participar de teatro, de atividades extracurriculares, de ver TV ou jogar no computador, de tirar qualquer nota que não fosse A, de obter qualquer colocação que não fosse o primeiro lugar e de tocar qualquer coisa que não fosse piano ou violino (e por duas ou três horas de prática diária). Filhos estressados? Enquanto 70% das mães ocidentais temem as pressões sobre os filhos, 0% das chinesas se preocupa com isso. Se os filhos não se saem bem, é vergonha para os pais. Para evitarem a desonra, gastam dez vezes mais tempo ajudando os filhos nos deveres - em comparação com as mães ocidentais.
Para os orientais, nada é divertido ou agradável, até que seja totalmente dominado. Portanto, não se pergunta à criança se quer estudar, praticar ou se gosta do que está fazendo. É crença deles, gosto se adquire na prática obsessiva e do sucesso que vem dela. Se malandrava ou tirava notas ruins, Chua era chamada pela mãe de "lixo". A vergonha foi um santo remédio e não deixou cicatrizes na personalidade. Se a nota foi menos que A, só pode ser por vadiagem, pois se toma como certo que o filho pode obter os resultados esperados. Daí as inevitáveis explosões de fúria paternal, sem as preocupações ocidentais de traumatizar as crianças.
De camarote, assistimos às dúvidas da família americana. Como enfrentará o Sputnik chinês? De um lado, o medo psicanalítico dos traumas. De outro, os sucessos da linha dura, estilo chinês. Mas e nós, ainda mais condescendentes com nossos delicados pimpolhos? Até que uma pitadinha de mãe chinesa não seria má ideia. Com plena tranquilidade de que jamais veremos tais exageros implantados pelos nossos pais molengões, vejamos algumas boas ideias.
Cabe aos pais ter uma participação muito ativa na educação dos filhos, gastar bom tempo nesses misteres, bem como ter expectativas ambiciosas e frequentemente comunicadas. Cabe cobrar e ser avaro nos perdões instantâneos, mas, também, louvar os sucessos. Ter peninha da pobre criança que não tem vontade de estudar é trocar o conforto emocional de hoje pelo futuro do filho (mais fácil dizer do que fazer!). É errado acreditar que a educação deve ser sempre leve e divertida. Fica assim, depois que se toma o gostinho de lidar com assuntos entendidos. Antes, é suor. A melhor maneira de adquirir confiança em si é aprender o que antes parecia impossível. O papel dos pais é fazer com que isso aconteça, por árduo que seja.
Texto extraído do livro:”Tudo que eu devia saber na vida aprendi no jardim de infância" [publicado em Março de 1992 com tradução de Ernesto H. Simon], o autor Robert Fulghum
Grande parte do que eu realmente preciso saber sobre a vida, o que fazer, como ser, eu aprendi no jardim da infância. Não foi na universidade nem na pós-graduação que eu encontrei a verdadeira sabedoria, e sim no recreio do jardim da infância.
Foi exatamente isto que aprendi:
compartilhar tudo, brincar dentro das regras, não bater nos outros, colocar as coisas de volta no lugar onde as encontrei, limpar a própria sujeira, não pegar o que não era meu, pedir desculpas quando machucava alguém, lavar as mãos antes de comer, puxar a descarga do banheiro. Também descobri que café com leite é gostoso, que uma vida equilibrada é saudável e que pensar um pouco, aprender um pouco, desenhar, pintar, dançar, planejar e trabalhar um pouco todos os dias nos faz muito bem. Tirar uma soneca todas as tardes, tomar muito cuidado com o trânsito, segurar as mãos de alguém e ficar juntos, são boas formas de enfrentar o mundo. Prestar atenção em todas as maravilhas e lembrar da pequena semente que, um dia, plantamos em um copo de plástico. As raízes iam para baixo e as folhas iam para cima mas ninguém realmente sabia nem porquê. Mas nós somos assim! Peixinhos dourados, hamsters e ratinhos brancos; e até mesmo a pequena semente do copo de plástico, tudo morre um dia. E nós também.
Tudo que você realmente precisa saber esta aí. Faça aos outros, aquilo que você gostaria que eles fizessem para você. Amor, higiene básica, ecologia e política contribuem para uma vida saudável. Penso que tudo seria melhor se todos nós - o mundo inteiro - tomássemos café com leite todas as tardes e descansássemos um pouquinho abraçados a um travesseiro. Ou se tivéssemos uma política básica em nossa nação e em todas as coisas também, para sempre colocarmos as coisas de volta ao lugar onde as encontramos, limpando nossa própria sujeira.
E ainda é verdade que, seja qual for a idade, - o melhor é darmos as mãos e ficarmos juntos!
Novas disciplinas
Site SINEPE -SC (www.sinepe-sc.org.br) 26/11/2009
Por Marcelo Batista de Sousa (Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de SC)
O assunto é de extrema importância para as escolas brasileiras, tanto públicas quanto particulares: o grande número de proposições para a criação de novas disciplinas, conteúdos ou áreas de estudo. Em que pese a legitimidade e as boas intenções dos legisladores, já beira ao excesso as proposições apresentadas na Câmara Federal e Senado, deixando apreensivos os educadores comprometidos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) é ampla e dá liberdade para que as escolas propiciem o ensino dos vários conteúdos programáticos dentro da rotina escolar, sem a obrigatoriedade e a imposição de mais disciplinas. Da mesma forma, não contempla a existência de currículos mínimos com disciplinas estanques, como explicita os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica, que definiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica.
A título de ilustração da gravidade do problema, somente na Câmara dos Deputados, foram apresentados desde o início da atual legislatura, trinta e cinco Projetos propondo a inclusão de disciplinas e conteúdos nos diversos níveis de ensino. Desses, dez já foram arquivados, número que em grande parte se deve a súmula adotada pela Comissão de Educação e Cultura, que traz diversas recomendações a relatores de projetos que tramitam na Comissão, visando definir parâmetros de referência às decisões da CEC, daquela Casa. Apesar de não representar uma obrigatoriedade em relação aos votos de relatores ou iniciativas legislativas, ela se fundamenta em dispositivos constitucionais e infraconstitucionais, além de utilizar-se de argumentos jurídicos, pedagógicos e técnicos. No Senado Federal, dez matérias sobre o tema foram apresentadas, todas ainda em tramitação. Além dessas, três projetos de legislaturas anteriores ainda tramitam.
ENSINO INTEGRAL -10 vantagens do período integral
"O que você e sua família têm a ganhar ao escolher uma escola com atividades em tempo integral"
Site "Educar -para Crescer-abril  04/04/2011 (www.educarparacrescer.abril.com.br)
Texto Daniele Zebini
1 - Melhora o rendimento do Aluno
No período integral, o aluno tem um horário destinado para realizar as tarefas do dia e para estudar para as provas, sempre com orientação de profissionais especializados. "São alunos bastante responsáveis, autônomos. Eles criam o hábito de fazer a lição do dia. E realmente têm um rendimento melhor", conta Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo. "O retorno que nós temos dos professores é de que há um diferencial das crianças do integral em relação à cultura e ao rendimento escolar", diz Josiane Conke, Coordenadora do Período Integral do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba.
2 -Libera os pais para o trabalho
Pais e mães precisam trabalhar fora. E não há como não se culpar por não conseguir acompanhar a vida escolar dos filhos ou proporcionar atividades extracurriculares que também são muito importantes para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. O período integral supre essas necessidades e deixa os pais tranquilos para trabalhar o dia inteiro. "A escola cria um pacto com a família: as crianças não precisam sair da escola para fazer as atividades e contam sempre com orientação especializada", afirma Karin D. Flores, coordenadora do turno integral do colégio La Salle Dores, de Porto Alegre.
3- Supre as necessidades de praticar esportes
Natação, balé, futebol, xadrez... Qual é o pai que tem tempo de levar e buscar os filhos em todas essas atividades? Isso sem contar o dinheiro extra que precisariam destinar para cada modalidade diferente. Esta é uma das vantagens do período integral. "É bom para a criança e para a família, que não tem aquela preocupação de não ter tempo de levar o filho para praticar um esporte, porque a escola supre essa necessidade", ressalta Josiane Conke, Coordenadora do Período Integral do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba
4- Proporciona melhor aproveitamento do tempo ocioso
Uma criança que passa a tarde sozinha em casa dificilmente usará o tempo ocioso para estudar, como lembra Josiane Conke, coordenadora do período integral do colégio Marista Santa Maria, de Curitiba. "Muitas vezes as crianças passam a tarde com babás eletrônicas: tevês, videogame, etc. E enquanto estão na escola, elas têm vivências muito mais ricas."
5- Afasta o risco social
"É muito mais difícil uma criança que estuda em período integral se envolver com drogas ou ter problemas sociais", afirma Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo. "As crianças não ficam com tempo ocioso, não dá tempo de pensar em aprontar", acrescenta
6- Possibilita a orientação dos estudos e tarefas
É muito importante que a criança desenvolva o hábito de estudo e consiga organizar o tempo para aprender as várias matérias do currículo. Em casa, isso é mais difícil, ainda mais sem os pais para fiscalizar. "Na escola, os alunos são assistidos por professores, que são polivalentes, mas também existem professores especialistas, que auxiliam em necessidades mais específicas', conta Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo "São profissionais especializados, que vão dar a essas crianças um acompanhamento pedagógico de qualidade", acrescenta Josiane Conke, coordenadora do período integral do colégio Marista Santa Maria, de Curitiba.
7- Oferece orientação Nutricional
Pais ocupados não têm tempo de cuidar da alimentação dos filhos como deveriam. E a culpa por estarem fora o dia todo faz, muitas vezes, com que permitam que os filhos consumam em excesso alimentos de baixo valor nutricional. Na escola, isso não acontece. "Aqui há um nutricionista que elabora o cardápio das crianças. Elas têm lanche da manhã, almoço e lanche da tarde na escola", diz     Karin D. Flores, coordenadora do turno integral do colégio La Salle Dores, de Porto Alegre.
    Além do acompanhamento nutricional, o colégio Marista Santa Maria traz um diferencial. "As famílias podem almoçar no nosso refeitório com as crianças, o que aproxima os pais da vida escolar dos filhos", afirma Josiane Conke, Coordenadora do Período Integral da escola.
     No colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo, as refeições não estão inclusas no período integral, mas existe a preocupação com o que os alunos comem nos dois restaurantes e nas cantinas da escola. "A gente acabou com refrigerante, só tem uma vez por semana. Em vez disso, há sucos e água de coco natural. Tem também a preocupação com a parte nutricional, nada muito rígido, mas existe uma orientação", afirma Myriam Tricate, diretora-geral do colégio.
8. Melhora a convivência em família
Depois de trabalhar o dia todo e chegar em casa cansados, você ainda precisa verificar as tarefas dos filhos e ajudar com as dúvidas. Isso quando a lição de casa foi feita. Caso contrário, é preciso cobrar. E essa cobrança, misturada à exaustão da dupla jornada de "pai-profissional", acaba causando conflitos em família. "O aluno que estuda em período integral chega em casa com as tarefas prontas, o que melhora a convivência em família", afirma Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo.
       Segundo Karin D. Flores, coordenadora do turno integral do colégio La Salle Dores, de Porto Alegre, o período integral deixa a criança livre para aproveitar a família, sem obrigações. "As crianças do integral aproveitam o fim de semana para descansar, não precisam estudar, fazer lição. Usam o tempo livre para curtir a família", ressalta.
9. Supre carências de lazer, cultura e acesso à tecnologia
Além dos esportes, as escolas que trabalham com período integral oferecem diversas atividades de lazer, cultura e tecnologia aos alunos. "Temos aula de informática, oficina de artes plásticas, oficina de expressão corporal, oficina de música e culinária, entre outras atividades", conta Karin D. Flores, coordenadora do turno integral do colégio La Salle Dores, de Porto Alegre. "Aqui na escola tem absolutamente tudo que eles precisam, gostam e querem fazer, com a vantagem de que todas as atividades são pensadas pedagogicamente", ressalta Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz.
10-Desenvolve habitos de higiene
Qual pai nunca levou um baile para convencer o filho a entrar no banho? E para fazê-lo escovar os dentes, então? Mas quando a criança está em grupo e todos os amiguinhos lavam as mãos antes de comer ou escovam os dentes após as refeições, fica mais fácil ensinar e criar hábitos de higiene.  "Na educação infantil,  costumamos chamar profissionais para conversar com os alunos sobre higiene bucal, o que torna o hábito mais natural",Myriam Tricate, diretora-geral do colégio Magno/Mágico de Oz, de São Paulo.